Cerca de 17 milhões de máscaras FFP2 distribuídas aos cuidadores foram resgatadas pela Public Health France. A presença de grafeno, um elemento potencialmente tóxico, não foi mencionada em seu folheto.
Biomassa
Uma nota que passou quase despercebida no site da Agência Nacional para a Segurança dos Medicamentos (ANSM). Mas revelada pela Mediapart, ela indica que a Saúde Pública da França pede aos hospitais que não usem mais máscaras com o rótulo "Biomass Graphene". O documento intitulado "Urgente - informações de segurança" afirma que as máscaras devem ser armazenadas "enquanto se aguarda a avaliação do possível risco associado com a presença de grafeno nessas máscaras".
O pedido, feito em abril de 2020 ao Shandong Shengquan New Materials da China, diz respeito a 60,5 milhões de máscaras com uma marcação CE que pode potencialmente conter grafeno, das quais 16,9 milhões já foram distribuídas. A saúde pública francesa evoca "uma opinião favorável" da ANSM emitida "sobre os produtos recebidos, um pedido feito no momento das aquisições massivas", em abril de 2020, em um "contexto de escassez de máscaras".
Graphene
Grafeno perigoso para a saúde.
É um novo nanomaterial leve e ultra-resistente com aplicações múltiplas e muito promissoras, que teria propriedades antivirais e antibacterianas, mas também poderia causar riscos de dificuldades respiratórias se inaladas partículas. As autoridades canadenses lembraram milhões de máscaras há mais de dois meses, em 25 de março.
Na França, o grafeno é classificado como biocida, conforme definido pela Agência Nacional para Alimentação, Meio Ambiente e Saúde e Segurança Ocupacional (ANSES). Em outras palavras, estas máscaras nunca deveriam ter ido parar nas mãos dos cuidadores, se acreditarmos nas especificações do SPF, o que as torna um "critério de exclusão".